A Juventude do Chega (JC) é diversa e multicultural: os três dias da III Academia Política, realizada este fim-de-semana num seminário convertido em hotel em Cascais, mostraram um partido capaz de atrair todo o tipo de pessoas: muitos jovens curiosos, adolescentes de gravata e estudantes universitários de calções, engenheiros, consultores e organizadores de eventos, um rapaz de 21 anos que acabou de cumprir um ano de voluntariado nas Forças Armadas: sai “desiludido” e está a “testar” os três maiores partidos, quer entrar no Ensino Superior.
Há um luso-venezuelano com família na Madeira que veio para a Jornada Mundial da Juventude, conheceu a deputada Rita Matias, foi convidado para a Academia, está a “gostar muito” e pretende ficar no país. Há pessoas de Lisboa, interior e ilhas, e um rapaz que fez um discurso apaixonado antes de abandonar o debate para conseguir apanhar o autocarro de volta para o Minho. E também há jovens portugueses de origem africana e brasileira, uma rapariga argentina que ainda não domina a língua mas já avisa os colegas sobre a “agenda globalista da extrema-esquerda” na América Latina.
Há muitos católicos, alguns ateus e até elementos menos jovens que quiseram ouvir as palestras sobre o futuro da União Europeia à luz conservadora. Neste último grupo está uma professora de ciências com idade para ser avó da maioria dos seus colegas.
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