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Montenegro diz que anúncio de não cativação no OE2024 é "pedido de desculpas" do Governo

Luís Montenegro, líder do PSD, em mais um "Sentir Portugal", desta vez na Madeira
Luís Montenegro, líder do PSD, em mais um "Sentir Portugal", desta vez na Madeira
HOMEM DE GOUVEIA

Segundo o líder social-democrata, “nos primeiros quatro meses deste ano, o aumento da receita fiscal e contributiva esgotou já aquilo que era a previsão de todo o ano 2023”

O presidente do PSD, Luis Montenegro, considerou hoje que o anúncio do Governo de que o próximo Orçamento de Estado não terá cativações é “um pedido de desculpas” por ter cobrado impostos a mais nos últimos oito anos.

“Não é nenhuma novidade de realce. Isto é quanto muito um pedido de desculpas do Governo socialista, do ministro das Finanças, do primeiro-ministro sobre aquilo que andou a fazer nos últimos anos, que foi cobrar impostos a mais e a fazer investimentos a menos”, afirmou o responsável social-democrata no âmbito da visita que efetuou a uma empresa ligada à exploração petrolífera localizada na Zona Franca Industrial da Madeira, no Caniçal.

Luis Montenegro falava sobre o anúncio feito pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, no programa “Tudo é Economia” da RTP que vai ser ainda transmitido.

Para o dirigente nacional do PSD, “mal era que o Estado em cima disso ainda cativasse os investimentos, os ministérios ainda ficassem com verbas a transitar de um ano para o outo para o ministério das Finanças poder ter o ascendente de controlo, daquilo que são os investimentos”.

“Os portugueses pagam mais impostos do que aqueles que precisavam pagar. No ano passado, o Estado cobrou em receita fiscal e contributiva, de mais 9.000 ME que aquilo que já era muito, que era um recorde que estava previsto no Orçamento”, salientou.

Segundo o líder social-democrata, “nos primeiros quatro meses deste ano, o aumento da receita fiscal e contributiva esgotou já aquilo que era a previsão de todo o ano 2023”.

Montenegro defendeu que “os portugueses precisam efetivamente é de recuperar o atraso de todos os investimentos que ficaram cativados nos últimos oito anos”.

Também argumentou que Portugal tem, neste momento, um Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), que é “um orçamento retificativo socialista porque visa precisamente financiar todas as obras que ficaram engavetadas nos últimos oito anos para que o PS pudesse cumprir os seus objetivos financeiros”.

“Nós temos alertado para uma situação que é absolutamente asfixiante que é o facto dos portugueses estarem a pagar demasiados impostos”, enfatizou.

Luis Montenegro sublinhou que a competitividade fiscal “do ponto de vista nacional tem sido utilizado de forma absolutamente abusiva”.

O líder do PSD termina hoje uma visita de quatro dias à Madeira, no âmbito do programa “Sentir Portugal” que começou domingo com a participação na festa anual da estrutura regional do partido, na herdade do Chão da Lagoa.

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