A V Convenção Nacional do Chega foi, em simultâneo, um regresso ao passado, um tempo presente em que se quis mostrar como um partido da “maturidade” e um futuro projetado no Governo de Portugal – e com ministérios. Um regresso ao passado porque, na sequência do chumbo dos estatutos pelo Tribunal Constitucional, voltou aos originais, de 2019. O momento presente teve, de facto, algo de inédito: o tom das intervenções foi genericamente cordato, os críticos internos não compareceram e André Ventura, candidato único à presidência, conseguiu mais de 98% dos votos – só a reeleição não foi uma surpresa. E o vislumbre do futuro fez-se sobretudo com a mira apontada ao PSD, até mais do que ao Governo: o Chega não quer repetir a solução açoriana e, por isso, só aceitará viabilizar um governo de direita se se sentar no Conselho de Ministros, sem “negociatas escondidas nem falsas geringonças”.
Artigo Exclusivo para assinantes
Assine já por apenas 1,63€ por semana.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: tsoares@expresso.impresa.pt
Assine e junte-se ao novo fórum de comentários
Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes