O parlamento aprovou hoje vários requerimentos para ouvir o ministro da Educação e o reitor da Universidade do Porto, que diz ter sido pressionado por "pessoas influentes" para aceitar candidatos ao curso de Medicina.
Os requerimentos, apresentados pelo PSD, Chega, PS, IL, Livre, BE e JPP, foram votados hoje na comissão parlamentar de Educação e Ciência, depois de o jornal Expresso ter noticiado, na sexta-feira, alegadas pressões de pessoas "influentes" para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no curso especial de acesso para licenciados em outras áreas.
As declarações de António Sousa Pereira mereceram duras críticas do ministro da Educação, Ciência e Inovação, que acusou o reitor de mentir a propósito de um problema criado pela própria instituição, e manifestou "enorme desilusão", afirmando até que aceitaria a sua demissão se o responsável a pedisse.
Entre os vários requerimentos apresentados, Chega, Livre, BE e JPP propunham chamar à comissão parlamentar, com caráter de urgência, tanto o ministro Fernando Alexandre, como o reitor da Universidade do Porto.
Já o PS pedia apenas a audição do reitor, enquanto a IL chamava apenas o ministro da Educação e o PSD proponha a audição do diretor da Faculdade de Medicina, além do responsável da universidade e do ministro.
Durante a reunião de hoje, a comissão de Educação e Ciência aprovou ainda uma audição, com caráter de urgência, de Fernando Alexandre sobre o descongelamento do valor das propinas, que contou com a abstenção do PSD.
Foi ainda aprovado, com abstenção do Chega, um requerimento a audição, com caráter de urgência, do ministro sobre a extinção da Fundação para a Ciência e Tecnologia e o futuro do sistema científico nacional.
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