Os primeiros dez minutos da audição a Francisco André foram suficientes para esclarecer a maioria dos deputados presentes na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso das gémeas sobre a sua actuação. O objetivo da audição passava por confirmar se teria havido algum tratamento especial por parte do gabinete de António Costa ao pedido dos pais das crianças que chegou por via da Presidência da República. Logo na intervenção inicial, o chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro (à data dos factos e atualmente embaixador da União Europeia no México) deixou claro que o pedido foi tratado de forma “habitual” e “igual a todos os outros”.
A falta de conteúdo da audição levou à frustração de alguns intervenientes. António Rodrigues, do PSD, disse que começava a entrar no “domínio do inútil”. Também Joana Mortágua apontou à “falta de substância” visto que já se tinha entendido que não tinha havido um tratamento especial por parte do gabinete do ex-primeiro-ministro. Apenas André Ventura insistiu em criticar a metodologia de trabalho do gabinete face às comunicações recebidas pela Casa Civil e outras entidades.
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