O Governo chamou os partidos para iniciar negociações sobre o Orçamento do Estado para 2025 daqui a dois dias, mas no debate do Estado da Nação, o diálogo foi tenso e crispado, com os partido a vincarem de tal modo as diferenças que uma negociação chegar a bom porto parece uma realidade distante. Luís Montenegro abriu o debate ao ataque, acusando PS e Chega de “arranjos oportunistas” no Parlamento e de andarem às “cavalitas" um do outro, e teve resposta na volta do correio. O secretário-geral do PS acusou-o de “arrogância” e até o desafiou a um entendimento sobre o IRC. O líder do Chega acusou Montenegro de só pensar em “moções de censura” na esperança de conseguir uma maioria como Cavaco Silva.
No final das contas, o caminho para um entendimento à sua esquerda ou à sua direita pareceu tão bloqueado como quando o debate começou, só com a IL a mostrar possibilidade de entendimento.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lpcoelho@expresso.impresa.pt