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Chega exibe todo o seu poder no primeiro dia da Assembleia como aviso a Montenegro: tem de falar com Ventura (ou com Pedro Nuno)

Chega exibe todo o seu poder no primeiro dia da Assembleia como aviso a Montenegro: tem de falar com Ventura (ou com Pedro Nuno)
Ana Baiao

O líder do Chega inviabilizou a eleição do social-democrata José Pedro Aguiar-Branco para presidente da Assembleia da República em três votações. André Ventura começou por dizer que tinha um acordo com a AD, mas rompeu depois de dirigentes do PSD e do CDS terem dito que não havia acordo nenhum. Quer obrigar Montenegro a recuar no “não é não” e desafiou-o para uma reunião para resolver o impasse. Montenegro terá de falar com ele (ou com Pedro Nuno) para desbloquear o impasse que marca o início da XVI Legislatura

Na primeira reunião do plenário da nova Assembleia da República, André Ventura fez uma demonstração de força e exibiu o poder decisivo dos seus 50 deputados, ao inviabilizar a eleição do social-democrata José Pedro Aguiar-Branco para presidente da Assembleia da República. O objetivo do líder do Chega foi, mais uma vez, mas agora com efeitos disruptivos no arranque da legislatura, forçar Luís Montenegro, líder do PSD, a violar a palavra dada do “não é não” a acordos com o Chega. “Não é não”, disse André Ventura no hemiciclo esta tarde.

Ao fim da noite, depois da terceira votação frustrada, desafiou Montenegro para uma reunião. Joaquim Miranda Sarmento, líder da bancada do PSD, deixou apenas em aberto “dialogar com todos” esta quarta-feira. Mas não falou em “acordos”. A existência ou não de um “acordo” dominou o dia, e essa é a palavra-chave para perceber a crise.

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