Parlamento

PAN quer divulgação de despacho sobre compra de ações dos CTT

PAN quer divulgação de despacho sobre compra de ações dos CTT
Ana Baiao

Inês de Sousa Real pede ainda o envio ao Parlamento de todos os pareceres técnicos que fundamentaram a decisão do Governo de adquirir uma posição nos CTT

PAN quer divulgação de despacho sobre compra de ações dos CTT

Liliana Coelho

Jornalista

O PAN enviou esta quinta-feira um requerimento ao presidente da Assembleia da República, pedindo o envio urgente por parte do ministro das Finanças do despacho emitido em 2021 pelo então ministro João Leão que instruiu a Parpública a assegurar a constituição de uma posição do Estado no capital social dos CTT.

“Embora tal decisão tenha dado origem a uma participação residual do Estado na empresa (de 0,24%), é lamentável que este despacho tenha sido ocultado do escrutínio público", pode ler-se no requerimento de Inês de Sousa Real.

A deputada do PAN considera que a “opacidade” da decisão do Governo torna-se “especialmente censurável” quando, em outubro de 2020, o Parlamento rejeitou – com o voto contra do PS – um projeto de resolução do partido que visava que, no âmbito do processo de análise e escolha do modelo de concessão do serviço postal universal a implementar a partir de 2021, o Governo assegurasse uma participação do Estado no capital social dos CTT - Correios de Portugal, S.A, “de modo a garantir uma gestão alinhada com a qualidade do serviço e a salvaguarda do interesse dos cidadãos”.

“Por forma a conseguir fazer uma avaliação completa do impacto desta operação no erário público, o PAN pretende que o Ministério das Finanças entregue, com carácter de urgência, à AR o despacho que instruiu a Parpública a assegurar a constituição de uma posição do Estado no capital social dos CTT, bem como todos os pareceres técnicos que fundamentaram esta decisão, designadamente sobre o impacto orçamental desta operação”, acrescenta o requerimento.

Tal como o Expresso noticiou João Leão deu ordem em 2021 para que a Parpública adquirisse uma posição de até 13% nos CTT, após um parecer favorável da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial (UTAM). Contudo, o Estado acabou por ficar apenas com uma participação de 0,24%.

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