Ainda antes de se iniciar o último debate orçamental na generalidade, já eram conhecidas as votações de todos os partidos da oposição. Como esperado toda a oposição votou contra, exceto PAN e Livre, e o Bloco de Esquerda e o PCP viraram as costas ao PS. Mas neste debate orçamental os dois partidos mais à esquerda esquerda voltaram a uma das acusações que tanto usavam no pré-geringonça: o PS é um partido que faz o que a direita faria.
Bloquistas e comunistas não se conformam com a existência de excedente orçamental e que, tento existido, não seja usado para melhorar as condições de vida. E também prometem lutar como podem contra a privatização da TAP. "É miserável que um partido assim se diga de esquerda”, acusou mesmo o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, na sessão de encerramento. “Este é um mau orçamento” que “mantem a viragem do PS à direita”, disse, acrescentando que o OE é “mau” porque mantem os problemas no SNS , na escola pública, na justiça, nas carreiras mais qualificadas da função pública".
Pedro Filipe Soares atacou também a “arrogância” do Governo por não dar explicações sobre a venda da TAP e disse que para o Bloco não há legitimidade política para essa operação porque não estava no programa eleitoral do PS. “Há um veto presidencial, o governo não quis saber”, afirmou Pedro Filipe Soares, manifestando total concordância com os termos do veto de Marcelo.
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