O Chega decidiu mudar a sua composição na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP. André Ventura entra como deputado suplente, o que permitirá fazer questões a Frederico Pinheiro, o ex-adjunto que se incompatibilizou com João Galamba. Isto quando o Chega – a par da Iniciativa Liberal – pede uma nova Comissão de Inquérito à atuação das secretas no âmbito dos desacatos que foram registados no Ministério das Infraestruturas no fim de abril.
Filipe Melo é o deputado efetivo do Chega na Comissão de Inquérito à TAP, tendo sido acompanhado em reuniões pelo suplente Pedro Pessanha. Pessanha será agora substituído por André Ventura.
Ventura assume este lugar quando o Chega pediu uma comissão de inquérito para avaliar a atuação do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) na recuperação do computador de Frederico Pinheiro após a sua exoneração de adjunto do Ministério das Infraestruturas. A Iniciativa Liberal avançara antes com uma proposta idêntica.
Mesmo sendo suplente, o líder do Chega poderá colocar questões aos depoentes na Comissão de Inquérito. A mudança foi comunicada um dia antes de a CPI ouvir o antigo adjunto de João Galamba, Frederico Pinheiro, que considera que o ministro quis omitir informação aos deputados. Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro, é ouvido na quarta-feira, o mesmo dia em que é chamada a chefe do gabinete, Eugénia Cabaço, que terá pedido a intervenção das secretas para a recuperação do computador de Pinheiro. Na quinta-feira, 18, é a vez de João Galamba.
"Houve uma mudança e por reorganização interna ele assumirá o lugar do deputado Pedro Pessanha e estará presente na inquirição de amanhã", diz fonte do partido. Sem garantias de que estará nas restantes.
O Chega conta com um deputado efetivo na CPI, o mesmo número que a IL, o BE e o PCP (todos com um deputado suplente). O PS tem nove deputados, ao passo que o PSD tem quatro.
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