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Montenegro diz que Governo "pedala com responsabilidade" e recusa eleitoralismo

Montenegro diz que Governo "pedala com responsabilidade" e recusa eleitoralismo
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/Lusa

Primeiro-ministro aproveitou partida da Vuelta em Lisboa para responder à oposição e justificar medidas anunciadas no Pontal

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, garante que o Governo "está a pedalar com responsabilidade" e rejeitou que os apoios anunciados visem "bonitos financeiros" ou resultados eleitorais. Presente este sábado junto ao Centro Cultural de Belém, em Lisboa, para dar o sinal de partida no Pedala Portugal Bike Tour 2024, no mesmo dia em que a Volta à Espanha em ciclismo (La Vuelta) arranca de Lisboa, Luís Montenegro afirmou que os apoios anunciados na 'reentré' política do PSD não constituem eleitoralismo, ao contrário do que argumenta o maior partido da oposição, o PS.

"Nós estamos a pedalar em várias frentes, mas estamos a pedalar com responsabilidade para não irmos contra nenhuma parede, para não cairmos da bicicleta, para não termos nenhuma escorregadela e faremos sempre isso com base em critérios de responsabilidade, de equilíbrio orçamental", e "não temos uma postura de, em primeiro, castigar o povo com impostos, com contribuições, com adiamento de investimentos públicos para depois apresentar bonitos financeiros", afirmou Luís Montenegro, comparando a gestão política com o ciclismo.

"O fim último da política é o bem-estar das pessoas. Nós queremos um país que seja um país desenvolvido, que cria muita riqueza, queremos um país onde o trabalho e a criação de riqueza não paguem tantos impostos, mas também queremos distribuir quando ela estiver na nossa esfera de disponibilidade, sem penalizar" o desenvolvimento do país, acrescentou.

Segundo o primeiro-ministro, "este Governo não fala nem para as corporações, nem para os partidos políticos, fala para o país e para as pessoas".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro (D), momentos antes da partida da prova de ciclismo Pedala Portugal Bike Tour 2024 (La Vuelta), no Centro Cultural de Belém, em Lisboa
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Salientando que, como Governo sem maioria no Parlamento, o executivo PSD/CDS está no "debate político e público" com "toda a humildade democrática e toda a cultura democrática", Montenegro recusou "governar o país a pensar naquilo que dizem os responsáveis por instituições, organizações ou mesmo partidos políticos".

O governante destacou a realização de três etapas da Vuelta em Portugal, elogiou o "atleta Carlos Moedas", numa referência ao facto de o presidente da Câmara de Lisboa participar no Bike Tour, com uma das bicicletas partilhadas da Empresa de Mobilidade de Lisboa (Emel).

A prova inclui ciclistas amadores, curiosos e portadores de deficiência, numa "atitude inclusiva", que o primeiro-ministro saudou, elogiando a realização de "eventos que promovem Portugal e promovem o desporto".

No caso da modalidade, "Portugal está a pedalar em bom ritmo" e o "ciclismo está a ter um ano absolutamente fantástico", recordando o quarto lugar de João Almeida na Volta à França e as medalhas olímpicas de Iúri Leitão e Rui Oliveira. E, na 'Vuelta', "temos agora outra vez o João Almeida como candidato e a poder disputar um lugar de topo", afirmou, salientando ainda a presença de Rui Costa e Nelson Oliveira na prova.

"Temos vários exemplos de desportistas que inspiram o país a termos uma prática desportiva mais generalizada", acrescentou ainda.

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