A palavra ‘diálogo’ aparece 15 vezes no programa de Governo apresentado esta quarta-feira e surgiu outras tantas na curta conferência de imprensa de António Leitão Amaro. O ministro da Presidência insistiu no “todos, todos, todos” que Luís Montenegro adaptou do Papa Francisco para prometer que o Governo vai dialogar com os outros seis partidos representados na Assembleia da República. Ao mesmo tempo que usava a palavra ‘mudança’.
Esse é o equilíbrio narrativo, nem sempre fácil, a que o Governo está obrigado: prometer que vai fazer diferente do que fez o PS, mas garantir também que não o quer fazer sem o PS, a restante esquerda, e mesmo a direita a quem fechou a porta a entendimentos.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: jdcorreia@expresso.impresa.pt