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“Tomámos já decisões”: Governo começa por regresso a antigo logótipo e combate à corrupção

“Tomámos já decisões”: Governo começa por regresso a antigo logótipo e combate à corrupção
José Fernandes

Combate à corrupção assumido como prioritário será para negociar “com todos”. Eventual orçamento retificativo ou detalhes do programa de emergência para a saúde ficam para “o momento certo”. Leitão Amaro, ministro da Presidência, recusa comentar ausência de Pedro Nuno Santos na tomada de posse

Primeira reunião do Conselho de Ministros, primeiras “decisões” anunciadas. O novo Governo começou por alterar o logótipo que representa a imagem da República Portuguesa, regressando a uma imagem com “a esfera armilar, o escudo, as quinas e os castelos, em que a identidade, a cultura e o povo português se reveem”, anunciou António Leitão Amaro, novo ministro da Presidência, no primeiro briefing da nova equipa.

A alteração já tinha sido feita nas redes sociais do Governo e entra agora também nos cenários oficiais, como esta manhã na Residência Oficial do Primeiro-Ministro, onde decorreu o primeiro encontro da equipa de Montenegro. O segundo passo do Governo é, como o primeiro-ministro tinha sugerido no discurso de posse, chamar os partidos para desenhar um plano de combate à corrupção.

“O Governo deliberou mandatar a sra Ministra da Justiça [Rita Júdice] para iniciar, logo após a investidura na Assembleia da República, um processo de diálogo com todos os partidos, agentes do sector e sociedade civil, com o objetivo de adotar, de forma célere, um pacote de medidas ambicioso, eficaz e consensual para combater a corrupção”, afirmou Leitão Amaro, uma frase quase decalcada do discurso de Montenegro do dia anterior.

Luís Montenegro impôs um horizonte temporal de dois meses para que essas medidas ganhem letra de lei. Até lá, o PSD promete “auscultar, beneficiar de contributos e propostas”, tanto dos partidos com assento parlamentar como dos “agentes do sector e da sociedade civil”.

Leitão Amaro disse mesmo que o Governo “insiste” no tema da corrupção, não por tática política (ou para não deixar o tema nas mãos de outros partidos, como o Chega), mas porque há uma “perceção do problema da corrupção, da integridade na governação pública” que faz com que o país precise “de respostas”. “Insistimos porque é um problema democrático, um problema de justiça e um problema económico”.

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