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António Costa responderá às polícias quando receber carta da plataforma

António Costa responderá às polícias quando receber carta da plataforma
TIAGO MIRANDA

Carta foi divulgada este sábado, antes dos protestos levarem à suspensão de jogo da I Liga e de sindicato ameaçar pôr em causa o apoio logístico às eleições de 10 de março

O primeiro-ministro irá responder à carta dos sindicatos e associações das forças de segurança se e quando a receber, disse à Lusa fonte do seu gabinete. "O gabinete do primeiro-ministro não recebeu a carta referida no comunicado. Quando a carta chegar, merecerá a devida análise e a resposta do primeiro-ministro", disse à Lusa a assessoria de António Costa.

A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança anunciou este sábado ter escrito ao primeiro-ministro sobre a "situação limite" dos profissionais que representa, alertando para um eventual "extremar posições" perante a "ausência de resposta" do Governo. Já depois da divulgação desta carta, os protestos dos polícias levaram à suspensão do jogo Famalicão-Sporting e colocaram em causa a realização do FC Porto-Rio Ave.

Em ofício datado deste sábado e enviado na sexta-feira, a Plataforma dos Sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Associações da Guarda Nacional Republicana (GNR) transmite a António Costa que "os polícias chegaram ao limite, podendo desesperadamente extremar posições, como as que estão a desenvolver-se por todo o país".

Manifestando "preocupação (...) quanto ao que poderá provir daqui em diante", a plataforma, que, até aqui, "conseguiu manter a ação reivindicativa dentro dos limites da lei", realça agora que "não tem condições de enquadrar" todas as formas de protesto, antecipando que estas "atingirão proporções indesejáveis".

A plataforma lamenta a "falta de disponibilidade" do primeiro-ministro para reunir e justifica assim a "necessidade de alargar e amplificar os motivos" do "descontentamento". "É imprescindível e urgente uma responsável atuação por parte do Governo", urge a plataforma, que congrega 11 sindicatos da PSP e associações da GNR.

Os elementos da PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, estando há mais de três semanas em protestos que começaram com um agente da PSP a pernoitar em frente à Assembleia da República, em Lisboa, e que depois se alargaram a todo o país.

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