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Privatização da TAP em suspenso, novo aeroporto adiado

Privatização da TAP em suspenso, novo aeroporto adiado
TIAGO MIRANDA

Primeiro-ministro assumiu a pasta das Infraestruturas, mas os principais dossiês ficam congelados

Privatização da TAP em suspenso, novo aeroporto adiado

Liliana Valente

Coordenadora de Política

As principais pastas por decidir no Governo demissionário estavam nas mãos de João Galamba e, apesar de terem transitado para António Costa, ficarão em suspenso à espera do novo Executivo saído das eleições de 10 de março de 2024. No topo da pilha dos pendentes está não só a privatização da TAP como a decisão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa.

António Costa assumiu esta semana a tutela direta da pasta das Infraestruturas, na sequência da demissão do ministro João Galamba, o que implica que os temas quentes como a TAP passam para a sua decisão direta. O processo de privatização da companhia aérea é a pasta mais sensível, uma vez que para avançar era mesmo necessária uma ação de António Costa. Isto porque o decreto-lei que enquadra o processo de venda foi vetado pelo Presidente da República no fim de outubro e o Governo preparava-se para o clarificar quando foi assolado pelo processo judicial que ditou a queda do Executivo. Marcelo punha o foco em aspetos tão sensíveis como a transparência do negócio e a própria decisão de venda da maioria do capital. Ora, com o acelerar do calendário político, com a marcação de eleições para 10 de março, esta decisão tinha de ser tomada a meses de Costa sair, um caso difícil de gerir politicamente, uma vez que os socialistas atacaram o anterior processo de privatização exatamente por ter sido feito a dias do fim do Governo. No PS já ninguém conta que avance.

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