
Da exclusão da Huawei do 5G não tem de “decorrer qualquer alteração na relação com outros Estados”, diz Santos Silva. China já emitiu uma nota a pedir decisões “racionais”
Da exclusão da Huawei do 5G não tem de “decorrer qualquer alteração na relação com outros Estados”, diz Santos Silva. China já emitiu uma nota a pedir decisões “racionais”
Coordenadora de Política
Correspondente em Bruxelas
A decisão de excluir a gigante chinesa Huawei da rede 5G está a ser defendida pelo Governo como uma questão de “segurança”, decidida a nível técnico e a reboque das orientações europeias. O Governo remete-se ao silêncio sobre o posicionamento político em relação à China, gerindo com cautelas o impacto que a decisão pode ter. Portugal está no pelotão da frente dos países que chumbaram a tecnológica chinesa e, por isso, no Governo há preocupação sobre os seus efeitos. “Isto pode mudar radicalmente a nossa relação com os chineses”, diz um governante.
O Executivo de Costa quer manter tudo a nível técnico. Mesmo quando o Expresso envia questões de natureza política, quem responde é Mário Campolargo, secretário de Estado da Modernização Administrativa, que argumenta que a decisão foi tomada tendo em conta questões “relativas à segurança das redes públicas de comunicações eletrónicas e com as características específicas da tecnologia 5G”. A que acrescenta: “Sendo alheias a quaisquer considerações de natureza diversa.”
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