Henrique Gouveia e Melo continua na liderança das presidenciais com 27,3%, mas perde 8,3 pontos face a março. Já Luís Marques Mendes sobe para 18,5%, consolidando a sua posição. André Ventura desce para 8,4% e é agora ultrapassado por António José Seguro
As eleições presidenciais são apenas em janeiro de 2026, mas num mês em que vários candidatos se puseram no terreno e apresentaram formalmente as suas candidaturas, o panorama nas intenções de voto alterou-se substancialmente. Gouveia e Melo continua a ser o preferido, mas agora com muito menos vantagem. E há mudanças de relevo para os candidatos das áreas do PSD e do PS.
As intenções de voto no candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo caíram 8,3 pontos percentuais em comparação com o último barómetro da Intercampus realizado para o Correio da Manhã, CMTV e Jornal de Negócios. A descida acontece numa altura em que Gouveia e Melo tem tido mais exposição mediática depois da apresentação da candidaturano fim de maio.
Apesar da descida, Gouveia e Melo continua na liderança da corrida às eleições presidenciais 2026, com 27,3% das preferências, mantendo-se como o principal favorito à vitória, mas longe da probabilidade de ganhar à primeira volta.
Em sentido inverso, Luís Marques Mendes, apoiado pelo PSD, regista uma subida significativa nas intenções de voto. O ex-líder social-democrata atinge agora 18,5% — mais 4,6 pontos percentuais face ao barómetro anterior (março de 2025) — tornando-se no principal rival de Gouveia e Melo na corrida presidencial e que, caso haja uma segunda volta, está em melhores condições para a disputar com o antigo almirante.
Além da descida significativa de Gouveia e Melo e da subida de Marques Mendes, há ainda outra alteração com significado político. Com o avançar para o terreno da candidatura de António José Seguro, houve um aumento das intenções de voto no ex-secretário-geral socialista, sendo o único da área do centro-esquerda/esquerda a apresentar-se até agora.
António José Seguro surge na terceira posição com 11% das intenções de voto, ultrapassando André Ventura, que cai para 8,4%. No entanto, o barómetro revela um cenário de incerteza no Partido Socialista (PS): 38,3% dos inquiridos dizem não saber quem deveria ser o melhor candidato presidencial do partido.
Com o PS ainda em reflexão - apesar de o aparelho socialista pender para Seguro, como o Expresso conta na edição desta sexta-feira - há ainda uma indefinição do eleitorado, mas com tendência para Seguro. Entre os nomes socialistas apontados, Seguro lidera as preferências com 25,8%, seguido por António Vitorino (15,3%), Ana Gomes (12,5%) e Augusto Santos Silva (8,1%).
A sondagem Intercampus baseou-se em 615 entrevistas telefónicas, realizadas entre 5 e 15 de junho de 2025. A margem de erro é de 4,0%, com um nível de confiança de 95%.
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