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Alma Rivera (CDU): “O Chega é a equipa B do PSD”

Alma Rivera, membro do comité central do Partido Comunista Português (PCP), e candidata à Assembleia da República pelo distrito de Évora nas Eleições Legislativas de 2024.
Alma Rivera, membro do comité central do Partido Comunista Português (PCP), e candidata à Assembleia da República pelo distrito de Évora nas Eleições Legislativas de 2024.
Ana Baiao

Depois da pesada derrota em Évora que deixou João Oliveira fora do parlamento, a CDU aposta as fichas em Alma Rivera. A agora cabeça de lista defendeu que a maioria absoluta do PS foi “completamente inútil” para o distrito e lembrou que o Chega vai a jogo com um ex-deputado social-democrata: “Votar no Chega é votar no PSD”

Alma Rivera (CDU): “O Chega é a equipa B do PSD”

Ana Baião

Fotojornalista

Em janeiro de 2022, o PCP foi abalado pela notícia de que João Oliveira tinha ficado fora do parlamento – mesmo depois de ter ganho destaque ao substituir Jerónimo de Sousa durante a campanha eleitoral, quando este se afastou uns dias por motivos de saúde. Para recuperar a eleição típica do deputado por Évora, o partido mudou de estratégia e lançou Alma Rivera, a mais jovem da bancada comunista que deu cartas enquanto duputada.

É uma “honra”, mas também uma “responsabilidade”, admitiu a cabeça de lista ao Expresso numa altura em que as sondagens apontam para uma nova queda eleitoral dos comunistas. Ainda assim, a esperança na eleição mantém-se. Alma Rivera acredita que a “pressão” do voto útil não irá resultar desta vez, já que o PS provou que maioria absoluta é “completamente inútil” para o distrito.

Também o crescimento do Chega no Alentejo não assusta a candidata comunista. Além dos alentejanos terem uma “memória concreta do que foram outros tempos”, também o Chega não é mais que uma continuação do PSD. “É a Equipa B do PSD, aliás o candidato é um deputado que veio do PSD”.

Com a contestação dos agricultores ainda na ordem do dia, Alma Rivera criticou o PS, PSD, Iniciativa Liberal e Chega de não aprovarem os apoios propostos pelos comunistas no parlamento e acusou-os de falta de “decência”. “Não se pode vir dizer que se está muito preocupado com o assunto quando os próprios partidos ajudaram a agravar os problemas", atirou. Alma Rivera defendeu ainda a transferências dos apoios europeus para a “agricultura tradicional e sustentável” e atirou ao PS e PSD por “rasgarem as vestes” em defesa das culturas superintensivas.

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