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Legislativas 2024

ADN passou de 10.000 votos em 2022 para mais de 100 mil e pode ter “roubado” três deputados à AD

Bruno Fialho, líder da ADN
Bruno Fialho, líder da ADN
CARLOS M. ALMEIDA/Lusa

Num cenário em que todos os votos do ADN passariam para a AD, a coligação elegeria mais um deputado em Lisboa, Coimbra e Viseu. Em alguns distritos, nomeadamente no Porto e em Lisboa, o número de votos no partido populista foi superior à diferença entre o PS e a AD

ADN passou de 10.000 votos em 2022 para mais de 100 mil e pode ter “roubado” três deputados à AD

Hélio Carvalho

Jornalista

A grande surpresa da noite eleitoral foi o aumento de votação do Alternativa Democrática Nacional (ADN), um partido populista sem representação parlamentar que saltou de 10.911 votos, em 2022, para 100.044 votos. Durante a campanha e, com mais veemência, ainda na própria manhã das eleições, a Aliança Democrática (AD) alertou para uma possível transferência de votos por engano dos eleitores no momento de colocar a cruz no boletim. Fazendo um exercício de transferência de votos do ADN para a AD (meramente hipotético, pois não é obviamente possível apurar a percentagem de votos em que terá existido engano), reproduzindo o método de Hondt, a coligação teria mais três deputados.

Em Lisboa, neste cenário hipotético, a distribuição de deputados passaria dos atuais 14 deputados para a AD e 15 para o PS, respetivamente, para 15 deputados para a AD e 14 deputados para o PS. O ADN obteve 19.067 votos, mais do que a tangencial diferença no distrito entre PS (365.793 votos) e AD (356.542 votos).

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