“Perigo. Não abra esta porta. Risco de queda em altura!!!” O aviso está numa porta fechada do novo hospital em Sintra, atualmente a aproximar-se do fim da sua construção, e que foi visitado esta terça-feira por Pedro Nuno Santos. Há risco de queda do PS nos votos, a maioria absoluta não é esperada (apesar de não ser “palavra proibida”), nem sequer a vitória é garantida, mas a porta da direita é para manter fechada, até porque o PS quer manter a dúvida sobre até onde vai essa direita, apostando na radicalização da Aliança Democrática e numa confusão desta com o Chega.
Este é um perigo para uma porta que tem sido assinalado com mais força por vários nomes do PS: Marta Temido, ex-ministra, e Miguel Costa Matos, presidente da Juventude Socialista, foram as protagonistas que esta terça-feira sobre ela avisaram, mas Carlos César no dia anterior foi bem direto nessa confusão.
Palavras dos candidatos a deputados precisamente no dia em que Luís Montenegro se dirigiu aos descontentes estão a considerar votar Chega. Pedro Nuno Santos tem sido mais contido, deixando para os convidados principais essa narrativa – isto num comício em que houve convidados secundários que o tentaram bloquear, mas a máquina da campanha conseguiu calá-los. O líder do PS evita falar do assunto e só pede que “não se perca a oportunidade” de haver um primeiro-ministro a descer a avenida da Liberdade com orgulho nos 50 anos do 25 de Abril.
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