Ao oitavo dia de campanha eleitoral, André Ventura continua a intensificar a estratégia de lançar caos e confusão em várias direções: tentou criar dúvidas no PSD, durante uma entrevista à RTP, ao falar nos nomes de Passos Coelho, Miguel Relvas, Rui Gomes da Silva e Ângelo Correia, como as “forças vivas do partido” que garantem uma aliança com o Chega; também voltou a criar suspeitas e desconfianças sobre o processo eleitoral, com uma nova manobra, mostrando às televisões mais um post na rede social X, de um alegado membro de mesa de voto a ameaçar anular boletins do Chega; finalmente, exigiu a demissão do porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Anastácio.
Antes de mais, no plano político, para condicionar os jogos do pós-10 de março, o líder do Chega jogou mais uma cartada contra o PSD, para pressionar Luís Montenegro - que o tem ignorado - e tentar dividir as hostes laranjas a menos de uma semana das eleições. Numa entrevista à RTP gravada à hora do almoço, esta segunda-feira, foi questionado sobre quem lhe tinha dado a garantia de que o Chega se coligaria com o PSD. “São as pessoas que conheço bem no PSD e que sabem que não podemos deixar o PS a governar se houver uma maioria de direita”, começou por dizer, aproveitando para lembrar que Passos Coelho, no comício da AD em Faro, há uma semana, disse a Luís Montenegro que o atual líder do PSD deve fazer o que for preciso para governar.
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