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Legislativas 2024

"São Bento precisa de saber as dificuldades das senhoras da limpeza": CDU deu palco a novas vozes onde "o elevador social não funciona"

Arruada CDU com a presença de Paulo Raimundo, Mariana Silva e Jakilson Ramos na Amadora.
Arruada CDU com a presença de Paulo Raimundo, Mariana Silva e Jakilson Ramos na Amadora.
Ana Baiao

Ao som de bombos e gaitas de foles, a CDU desfilou pelas ruas da Amadora e contou com o apoio de Carvalho da Silva, que alertou para o perigo de “enfraquecimento” dos comunistas e apelou a um “esforço de memória” Paulo Raimundo dividiu a atenção (e os elogios) com Jakilson Pereira, um dos dirigentes do Moinho da Juventude, que criticou os que “dividem para conquistar”, defendeu a pluralidade das vozes e disse estar “triste” com Passos Coelho

"São Bento precisa de saber as dificuldades das senhoras da limpeza": CDU deu palco a novas vozes onde "o elevador social não funciona"

Ana Baião

Fotojornalista

Estava anunciado como uma ação de contacto com a população, mas transformou-se num grande desfile. Com uma das principais ruas cortadas, a CDU levou até à Amadora a animação já testada no Rossio com bandeiras, balões, bombos e gaitas de foles. Desta vez, Paulo Raimundo dividiu o protagonismo com Jakilson Pereira, um dos dirigentes da associação Moinho da Juventude e candidato em 27º lugar às legislativas por Lisboa. Durante o percurso, a voz de Jakilson já tinha ganho destaque, chegado ao palco também o discurso marcou a diferença. “É preciso ter vozes diferentes no Parlamento, São Bento precisa de saber as dificuldades das senhoras da limpeza”, disse justificando também a sua integração nas listas, apesar de não estar em lugar elegível.

Numa das zonas de Lisboa com mais imigrantes, Jakilson Pereira garantiu que as propostas da CDU são as únicas capazes de melhorar as condições dos muitos que trabalham pela noite fora ou logo de madrugada. “O trabalho é a única coisa que pode trazer o tal elevador social que tanto vendem, esse elevador que não chega à Amadora, que os filhos de imigrantes não veem, que foi travado com a lei da nacionalidade de 81”, atirou. O discurso emocionado valeu-lhe elogios tanto do secretário-geral do PCP – “não prometo ter agora um discurso à altura do coração de Jakilson”, disse Paulo Raimundo ao discursar depois do candidato – como das pessoas que assistiram e que esperaram até ao fim para lhe dar abraços e palavras de apoio

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