Já tinha sido invocado em Guimarães, em Matosinhos e em Viseu, mas foi em Faro que apareceu: o “fantasma” de Pedro Passos Coelho tem sido um tema recorrente nos discursos do socialista Pedro Nuno Santos, para lembrar os tempos da troika e dos cortes de pensões, associando-os a Luís Montenegro. Todavia, ao segundo dia de campanha, o antigo primeiro-ministro surgiu em pessoa na campanha da Aliança Democrática e deu o mote que o socialista mais esperava.
A falar nos Açores, o secretário-geral do Partido Socialista não quer mais que Passos Coelho abandone mais a campanha: “o espírito” vai “pairar”. Apesar de a AD ter tido este encontro praticamente a duas semanas das eleições, Pedro Nuno quer continuar a apontar para Passos.
Não só para associar Luís Montenegro à austeridade e a promessas não cumpridas, como também para tentar assinalar a proximidade do PSD a André Ventura, depois de um discurso de Passos Coelho sobre imigração e insegurança. É trazer mais dúvidas sobre o partido concorrente (que acusa de se confundir com o ex-líder), apesar do atual presidente garantir que não se une ao Chega.
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