Há quem acuse direção de Montenegro de desprezar bancada de Rui Rio na hora do adeus. Mesmo assim, saltos para o Chega são vistos como “injustificáveis”. Deputados do PSD admitem que haja mais saídas e lembram que Ventura “não tem quadros”. Rui Rio mantém silêncio por “dever ético”
João Diogo Correia, em Estocolmo
Jornalista
Com diferentes adjetivos e em diferentes formulações, os deputados da bancada parlamentar do PSD, escolhida por Rui Rio, dizem quase todos o mesmo: estão “surpreendidos”, “tristes” em alguns casos, com a saída de camaradas de partido para encabeçar as listas do Chega, e esses que o fazem estão a “falhar à matriz social-democrata”, a mostrar “falta de princípios” e a contribuir para a degradação da classe política. “É injustificável”, diz um dos deputados.
“Estou sempre a debater-me contra os adjetivos que são atribuídos aos políticos. Por culpa de poucos, levamos o rótulo de sermos todos iguais e não confiáveis: estas mudanças retiram-nos argumentos, é triste e chocante”, afirma outra figura oriunda do rioísmo.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: jdcorreia@expresso.impresa.pt
