A apresentação do programa eleitoral do Chega chegou a estar prometida para o Congresso em Viana do Castelo do último fim-de-semana, mas a conclusão do trabalho está atrasada e o “documento único” ainda a ser “finalizado” por André Ventura. Apesar do programa ainda não estar fechado, as equipas sectoriais do partido já terminaram a sua parte e já é possível saber algumas das ideias – algumas semelhantes às de outros partidos, outras sem contabilização.
Atento às ideias do PAN para os animais, por exemplo, o partido também recupera bandeiras que marcaram os últimos meses da legislatura, com a crise inflacionista e a subida dos créditos à habitação: é exemplo disso a taxa sob os lucros da banca, inspirada nas medidas propostas por BE e PCP.
No partido, sabe-se que a indústria é um dos eixos da estratégia de poder de Pedro Nuno Santos – e garantem que não vão deixar o secretário-geral do PS ficar com o monopólio do tema até 10 de março, mas não há ainda ideias fechadas sobre o que fazer neste campo, apenas intenções. Aliás, Ventura criticou justamente a ausência de Luís Montenegro nesse debate: “Já que não querem falar de justiça nem corrupção, esperava medidas para a economia verdadeiramente inovadoras”, afirmou aos jornalistas esta quarta-feira, comentando o Conselho Nacional ‘laranja’ do último fim-de-semana. Mas do Chega também não há.
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