Líder monárquico diz-se conservador e “não político”. Tem coleção de frases problemáticas, da UE às mulheres
Ecologista, conservador, municipalista, liberal na economia e, sobretudo, antissistema e eurocético. A avaliar pelas intervenções dos últimos anos, a proposta política de Gonçalo da Câmara Pereira, líder do Partido Popular Monárquico (PPM), está próxima não da de Luís Montenegro, mas da do partido a quem o líder do PSD fechou a porta: o Chega.
A ligação é óbvia e concreta. Em 2019, o PPM coligou-se com André Ventura (que ainda não tinha o partido aprovado no Tribunal Constitucional) no Basta para as eleições europeias, juntando ainda o Partido Pró-Vida (PPV) e, num primeiro momento, o Democracia 21 — que abandonou o acordo depois de uma petição do PPV pedir o regresso à penalização da interrupção voluntária da gravidez. A coligação não chegou a 50 mil votos e não elegeu o cabeça de lista, Ventura, que depois fez um caminho meteórico a solo.
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