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Ensaios

O futuro da Europa — a vacina contra os extremos

O chefe da extrema-direita espanhola, Santiago Abascal, do partido Vox, recebeu em Madrid a sua congénere do Reagrupamento Nacional francês, Marine Le Pen
O chefe da extrema-direita espanhola, Santiago Abascal, do partido Vox, recebeu em Madrid a sua congénere do Reagrupamento Nacional francês, Marine Le Pen
A. Pérez Meca/Europa Press/Getty Images
Das eleições para o Parlamento Europeu não resultará um Governo de esquerda ou de direita para a Europa. Na política europeia não há coligações, maiorias e oposições. Há e terá de continuar a haver compromissos entre maiorias moderadas. As únicas possíveis. Este texto faz parte de uma série de ensaios que o Expresso convidou especialistas a redigir, para perspetivar o futuro da União Europeia
O futuro da Europa — a vacina contra os extremos

Henrique Burnay

Consultor em Assuntos Europeus

Qual é o efeito do previsível crescimento de partidos radicais e extremistas nas próximas eleições para o Parlamento Europeu? Quase nenhum, se os principais partidos continuarem a fazer o que têm feito. Na política europeia não há coligações, maiorias e oposições. Tem havido compromissos entre quase todos os países e entre os maiores grupos políticos, e é o que deve continuar a haver. Mas a subida da extrema-direita na Europa tem efeitos.

O crescimento dos partidos radicais e extremistas é muito mais preocupante, porque consequente, na política nacional. Até para a política europeia. No Parlamento Europeu, esses partidos contam pouco ou quase nada para formar maiorias. Mas o seu discurso e os eleitores que atraem são tidos em conta por todos os outros, naturalmente. E isso vai-se notar, no Parlamento e no Conselho.

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