Europeias 2024

Ventura pede clarificação de Montenegro sobre apoio a Costa para Conselho Europeu

Ventura pede clarificação de Montenegro sobre apoio a Costa para Conselho Europeu
José Fernandes

O líder do Chega classifica o apoio anunciado no domingo como uma “tremenda hipocrisia” e propôs ao grupo Identidade e Democracia, família política no Parlamento Europeu que integra a extrema-direita, que seja contra a possível escolha do ex-primeiro-ministro socialista, uma posição sem efeitos práticos

O presidente do Chega exigiu esta quarta-feira uma clarificação do primeiro-ministro sobre o apoio do Governo a António Costa para a presidência do Conselho Europeu, apelando à oposição do Identidade e Democracia (ID), que não tem efeitos práticos.

"Quem eu acho que devia estar a dar explicações hoje era o primeiro-ministro Luís Montenegro, achou que António Costa não servia para governar, achou que se devia pôr fim ao Governo de António Costa, mas agora, subitamente, acha que pode ser um bom governante europeu", disse André Ventura, no final de uma reunião do ID, em Bruxelas.

"Esta é a hipocrisia do primeiro-ministro e é isso que espero que Luís Montenegro possa clarificar ou até voltar atrás, ainda tenho esperança de que Luís Montenegro volte atrás", completou o presidente do Chega, classificando o apoio anunciado no domingo passado como uma "tremenda hipocrisia".

André Ventura propôs ao grupo Identidade e Democracia, família política no Parlamento Europeu que integra a extrema-direita, que adote uma posição contra a possível escolha do ex-primeiro-ministro socialista para sucessor de Charles Michel.

Mas é o próprio Conselho Europeu, composto pelos chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros, que escolhe o seu presidente.

Também não há presidentes ou primeiros-ministros europeus cujos partidos pertençam ao ID.

Questionado sobre a falta de efeitos práticos desta posição, André Ventura fez mais um apelo.

"Se Marine Le Pen [França], se [Matteo] Salvini [Itália], o Geert Wilders [Países Baixos], Georgia Meloni [Itália] e o Santiago Abascal em Espanha se levantarem para dizer que António Costa não é um bom candidato para o Conselho Europeu, isso terá de ter algum impacto nos povos europeus", considerou.

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