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Pode um SS não ser criminoso? Tânger admite saída do Chega de grupo europeu, depois de Le Pen cortar com alemães da AfD

Pode um SS não ser criminoso? Tânger admite saída do Chega de grupo europeu, depois de Le Pen cortar com alemães da AfD
José Fernandes

O partido da francesa Marine Le Pen recusa sentar-se ao lado do partido de extrema-direita alemã, AfD, depois de o cabeça de lista germânico, Maximilian Krah, defender que um membro nazi das SS “não é automaticamente um criminoso”. O candidato do Chega, Tânger Corrêa, admite mesmo mudar de grupo para os conservadores de Meloni, depois das eleições.

Pode um SS não ser criminoso? Tânger admite saída do Chega de grupo europeu, depois de Le Pen cortar com alemães da AfD

Vítor Matos

Jornalista

O universo da direita radical europeia foi abalado, esta terça-feira, por uma entrevista do cabeça de lista do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), Maximilian Krah, ao diário italiano “La Reppublica”, a defender que um membro nazi das SS “não é automaticamente um criminoso”. Krah não é um candidato qualquer: trata-se do chamado “spitzenkandidat” do seu grupo à presidência da Comissão Europeia. A francesa Marine Le Pen cortou imediatamente com o parceiro alemão e, no debate a quatro na RTP, o cabeça de lista do Chega ao Parlamento Europeu considerou a atitude da gaulesa como “game changer”, com efeitos em Lisboa.

António Tânger Corrêa admitiu mesmo que o partido português da direita radical populista poderia abandonar o grupo Identidade e Democracia (onde ainda está o Rassemblement Nacional francês, a AfD alemã, o holandês Geert Wilders ou o Lega do italiano Matteo Salvini) para integrar o grupo dos Conservadores e Reformistas, da italiana Giorgia Meloni e do espanhol Santiago Abascal, do Vox. Outra possibilidade, que o candidato avança esta quarta-feira ao “Público”/Renascença, é a fusão dos dois grupos. O Expresso sabe, de fonte do Chega, que já estarão a decorrer negociações ou contactos nesse sentido.

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