O universo da direita radical europeia foi abalado, esta terça-feira, por uma entrevista do cabeça de lista do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), Maximilian Krah, ao diário italiano “La Reppublica”, a defender que um membro nazi das SS “não é automaticamente um criminoso”. Krah não é um candidato qualquer: trata-se do chamado “spitzenkandidat” do seu grupo à presidência da Comissão Europeia. A francesa Marine Le Pen cortou imediatamente com o parceiro alemão e, no debate a quatro na RTP, o cabeça de lista do Chega ao Parlamento Europeu considerou a atitude da gaulesa como “game changer”, com efeitos em Lisboa.
António Tânger Corrêa admitiu mesmo que o partido português da direita radical populista poderia abandonar o grupo Identidade e Democracia (onde ainda está o Rassemblement Nacional francês, a AfD alemã, o holandês Geert Wilders ou o Lega do italiano Matteo Salvini) para integrar o grupo dos Conservadores e Reformistas, da italiana Giorgia Meloni e do espanhol Santiago Abascal, do Vox. Outra possibilidade, que o candidato avança esta quarta-feira ao “Público”/Renascença, é a fusão dos dois grupos. O Expresso sabe, de fonte do Chega, que já estarão a decorrer negociações ou contactos nesse sentido.
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