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Europeias 2024

As europeias em Chipre — o problema insolúvel

Soldado turco patrulha a zona de fronteira que divide a cidade de Nicósia, em Chipre
Soldado turco patrulha a zona de fronteira que divide a cidade de Nicósia, em Chipre
Scott Barbour/Getty Images
Em Chipre, as eleições de 9 de junho assinalam o 20.º aniversário da adesão à UE. A ilha fez parte do grande alargamento de 2004 e já não é um Estado-membro recente. Vinte anos é tempo suficiente para tirar conclusões: o que se aprendeu, o que se conseguiu, o que correu mal? Este artigo faz parte do projeto colaborativo Voices of Europe 2024, que envolve 27 meios de comunicação social de toda a UE e é coordenado pelo Voxeurop

Kyriakos Pieridis*

Não há dúvida de que Chipre encontrou o seu lugar no mundo moderno como um dos Estados mais avançados, com uma longa tradição democrática, depois de ter deambulado pelo Movimento dos Não Alinhados durante a Guerra Fria. No entanto, a ilha não conseguiu resolver o seu problema mais importante, a profunda divisão política que a separa em duas regiões. Uma, controlada pelo Governo de Chipre e liderada pela comunidade cipriota grega, está plenamente integrada na UE. Na outra região, na parte norte, dirigida pela comunidade cipriota turca, existe forte influência política e militar da Turquia. Chipre aderiu à UE com todo o seu território, mas o acervo comunitário está suspenso até à resolução do problema cipriota.

A ONU e a UE apoiam a reunificação da ilha numa república federal. Rejeitam a sua divisão em dois Estados cipriotas. Só a solução e a reunificação trarão paz e estabilidade a Chipre e libertarão o país da presença militar da Turquia em 37% do seu território. Enquanto o problema não for resolvido, as duas comunidades cipriotas continuarão separadas e as fricções com a Turquia continuarão a complicar as relações da UE na região.

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