O presidente do Chega, André Ventura (ao centro da imagem) com o italiano Matteo Salvini (à esquerda) e outros dirigentes do grupo de extrema-direita europeu Identidade e Democracia, num encontro em Roma
ANDREAS SOLARO/AFP/Getty Images
Eleitores votam nas europeias três meses depois de engordarem bancada parlamentar do Chega. Partido de extrema-direita poderá continuar a capitalizar dinâmica de crescimento no meio século da revolução democrática. Este artigo faz parte do projeto colaborativo Voices of Europe 2024, que envolve 27 meios de comunicação social de toda a UE e é coordenado pelo Voxeurop
No ano em que se assinalam os 50 anos da revolução democrática, os portugueses elegeram 50 deputados do Chega, partido da ultradireita que agrega muitos saudosistas da ditadura de Salazar. A coincidência entre o meio século da Revolução dos Cravos e a meia centena de parlamentares deste partido convida a várias leituras, a primeira eminentemente simbólica.
Sobretudo, afasta, em definitivo, a alegada excecionalidade portuguesa, segundo a qual o país estaria imune ao avanço da extrema-direita a que se vinha assistindo nos espetros políticos europeus e mundiais. Era afinal questão de tempo, isto é, o fenómeno acabaria por chegar, ainda que com ligeiro atraso.
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