
PSD-Madeira está disponível para negociar uma solução de governo, mas ninguém quer acordos com Albuquerque
PSD-Madeira está disponível para negociar uma solução de governo, mas ninguém quer acordos com Albuquerque
Jornalista
“Com este PSD e com este Chega não existe qualquer possibilidade de coligação.” José Manuel Rodrigues é o novo líder do CDS-Madeira e deixa claro ao que vem nestas eleições regionais. O ainda presidente da Assembleia Legislativa quer recuperar o eleitorado e para isso é necessário demarcar-se do parceiro da coligação que está no poder há cinco anos. “Não haverá qualquer hipótese de coligação, mas podemos fazer acordos parlamentares. É que também é verdade que neste momento o PS não é alternativa na Madeira.” É o máximo que concede a Miguel Albuquerque, depois do fim abrupto da aliança no início do ano, quando a megaoperação judicial na Madeira abriu uma crise política. O então líder do CDS, Rui Barreto, forçou a demissão do Governo, o que acabou por levar à dissolução do Parlamento e a eleições antecipadas. Em resposta e também para ganhar apoios dentro do PSD durante a campanha interna, Albuquerque garantiu que o partido ia a votos sozinho. Os sociais-democratas vão sozinhos para as eleições mais imprevisíveis em 48 anos de autonomia na Madeira. E até o presidente do PSD — que é arguido no processo de corrupção, que se demitiu e acabou por suceder a si próprio — sabe que, mesmo que ganhe as eleições, terá de fazer alianças para conseguir formar Governo. Por isso anunciou em congresso que não tem linhas vermelhas e irá tentar negociar com os partidos que conseguirem eleger deputados.
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