A crise política e o calendário das legislativas antecipadas jogam contra Portugal em matéria de Defesa num momento internacional crítico. A cimeira da NATO, onde se decidirá um aumento das despesas militares — que podem passar dos 2% para os 3% ou 3,5% do produto interno bruto (PIB) —, realiza-se em junho, em Haia, um mês depois das eleições portuguesas e não é certo que nessa data haja um Governo a funcionar em pleno. Dois meses depois, em agosto, o novo Executivo português terá de apresentar a Bruxelas o plano para aproveitar os instrumentos do programa ReArm Europe, que pretende aumentar os investimentos nesta área em 1,5% do PIB até 2030. Perante a urgência, no próprio Governo há quem considere que envolver o PS no processo de decisão poderia garantir que o país tem um plano credível, sejam quais forem os resultados das eleições.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt