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Defesa

Tempestade Perfeita: Gomes Cravinho corre o risco de ser constituído arguido, dizem juristas

António Costa pôs o ministro João Gomes Cravinho nas mãos da justiça
António Costa pôs o ministro João Gomes Cravinho nas mãos da justiça
António pedro santos/lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros depende dos depoimentos de mais dois suspeitos de corrupção e dos desenvolvimentos da investigação a Marco Capitão Ferreira. António Costa pôs Gomes Cravinho nas mãos da Justiça.

Tempestade Perfeita: Gomes Cravinho corre o risco de ser constituído arguido, dizem juristas

Hugo Franco

Jornalista

Tempestade Perfeita: Gomes Cravinho corre o risco de ser constituído arguido, dizem juristas

Vítor Matos

Jornalista

Ao longo da última semana, António Costa nunca fez uma declaração inequívoca de confiança política no ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, implicado no processo de corrupção na Defesa por um dos acusados no caso Tempestade Perfeita. O primeiro-ministro deixou o futuro do chefe da diplomacia num limbo, condicio­nado pela atuação da justiça: “Em função do que acontecer, eu avaliarei”, disse na entrevista que deu esta semana ao “Town Hall” da CNN. “Se o Ministério Público tem alguma coisa a apontar ao ministro João Cravinho, aja! Eu avaliarei”, acrescentou em tom de desafio, colocando Gomes Cravinho nas mãos dos investigadores, mas também lembrando que a condição de arguido não é razão absoluta para uma saída do Governo. Vários juristas contactados pelo Expresso dizem que a alegada atuação do ministro pode levar o Ministério Público (MP) a considerá-lo suspeito de vários crimes.

Dois destes especialistas consideram haver matéria para constituir Gomes Cravinho arguido e apontam para um leque de crimes possíveis, que vão da prevaricação, favorecimento, participação económica em negócio ou administração danosa. No caso de não haver crime, como defende um terceiro jurista, podemos estar, no mínimo, perante uma questão de responsabilidade financeira por má gestão da coisa pública.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: HFranco@expresso.impresa.pt

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