Contas escondidas da idD revelam dois anos de perdas, sob tutela de Capitão Ferreira
Desde 2020 que estavam por publicar as contas das indústrias de defesa debaixo do chapéu da holding estatal idD Portugal Defense, a empresa gestora de participações que foi presidida por Marco Capitão Ferreira, o ex-secretário de Estado da Defesa, constituído arguido por corrupção e participação económica em negócio, e que manteve a tutela desta entidade enquanto esteve no Governo. As contas da idD, finalmente publicadas no site da empresa esta semana, destaparam um prejuízo de €10,9 milhões em 2022, que piorou “significativamente, face a 2021”, quando o resultado negativo já tinha sido de €4,3 milhões.
A “magnitude” do resultado negativo das indústrias de defesa explica-se, no relatório e contas relativo ao ano passado, pela “inexistência de atividade industrial e pela performance de algumas participadas”. Apesar deste volume de prejuízos, a empresa tem cinco administradores desde o tempo de Capitão Ferreira — quando deveria ter três, como norma nas empresas públicas — e nenhum diretor, para um total de 26 trabalhadores.
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