Em 2022, quando António Costa conquistou a maioria absoluta ao apelar ao voto útil, muitos comentadores e atores políticos declararam o falhanço das sondagens. Na altura, António Salvador, da Intercampus, avisou à Renascença que os estudos não falharam, mas antes a “forma de os apresentar”. No Expresso, Daniel Oliveira queixou-se que o uso incorreto de sondagens transformaram a campanha “num jogo de enganos”. Costa terá beneficiado do “susto” que algumas sondagens provocaram nos abstencionistas. Dois anos e dois meses mais tarde, o país está envolto numa nova crise política, mas já existem novas sondagens sobre Luís Montenegro e o caso Spinumviva. Ao Expresso, António Gomes, diretor-geral da GfK Portugal, empresa de estudos de mercado que faz a recolha de dados para muitas sondagens, alerta para a rapidez com que as sondagens podem ficar desatualizadas e a pressa em tirar conclusões, especialmente quando as margens de erro apontam claramente para um empate técnico.
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