Quando Joaquim Miranda Sarmento, ministro de Estado e das Finanças, subiu à tribuna parlamentar para fazer o discurso de encerramento do debate parecia ser o homem certo para anunciar que o Governo ia retirar a moção de confiança, dando conteúdo à garantia repetida pelo Governo toda a tarde de que não queria eleições. Afinal, foi ele quem, logo na noite em que o primeiro-ministro ameaçou apresentar a moção de confiança, disse que tal instrumento seria dispensadodevido ao chumbo previsível da moção de censura do PCP. Mas, depois de muita dramatização, várias manobras de pressão sobre o PS e até uma suspensão dos trabalhos por uma hora, a moção de confiança acabou por ser votada e teve, como se anunciava, os votos contra de toda a oposição, exceto da Iniciativa Liberal (IL), que votou ao lado da AD.
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