Crise política

"Quase de certeza serei candidato", anuncia Albuquerque: diretas no PSD Madeira marcadas para 21 de março

"Quase de certeza serei candidato", anuncia Albuquerque: diretas no PSD Madeira marcadas para 21 de março
Ana Baiao

Miguel Albuquerque tinha renunciado à vida pública, mas mudou de ideias e, três semanas depois, está de volta para ser candidato a líder do PSD-Madeira e ir a votos nas internas do partido marcadas para 21 de Março. E, agora, acusa pessoas ligadas ao PS de serem os autores das denúncias anónimas que levaram à investigação do Ministério Público à corrupção na Madeira

"Quase de certeza serei candidato", anuncia Albuquerque: diretas no PSD Madeira marcadas para 21 de março

Marta Caires

Jornalista

Quase de certeza que serei candidato” - foi assim que Miguel Albuquerque confirmou o que se dizia desde a libertação dos três detidos no caso da investigação à corrupção da Madeira. Ou seja, que depois de três semanas de impasse e em que chegou a dizer que tinha renunciado à vida pública, apresentou-se como candidato a líder do PSD-Madeira nas diretas marcadas para 21.

A declaração aconteceu após a reunião da comissão política regional do partido, no Funchal, e da qual saiu a decisão de marcar um congresso para clarificar a situação desde que, a 24 de Janeiro, uma mega-operação da Polícia Judiciária e dirigida pelo Ministério Público acabou por o constituir arguido e deter Pedro Calado, ex-presidente da Câmara do Funchal, e dois empresários da construção civil.

Os três estiveram detidos durante três semanas, mas, para Albuquerque que é presidente do partido e do Governo Regional, as "circunstâncias alteraram-se" quando foram libertados. “Tenho todas as condições políticas. Nunca fui comprado por ninguém, tenho 30 anos de vida pública e nunca fui corrompido por ninguém e tenho a minha consciência tranquila”, afirma.

Não só está tranquilo como, segundo garante, mantém "imaculada a sua capacidade política" e os seus direitos como cidadão. O ainda líder do PSD-Madeira e presidente do governo demissionário - demitiu-se na sequência da investigação - também deixa claro que não se protege na imunidade como conselheiro de Estado: "se me quiserem ouvir é só pedir ao Conselho de Estado".

Para o líder dos sociais-democratas madeirenses a investigação é, na verdade, uma estratégia do PS para minar o PSD. Algo que, segundo explicou, "deriva de um conjunto de denúncias falsas desencadeadas pelos nossos adversários políticos, nomeadamente através de alguns elementos do Partido Socialista da Madeira que querem obter por via indireta aquilo que não conseguiram obter nas urnas".

Albuquerque está de volta, quer clarificar a situação nas diretas e preparar-se para ser, de novo, o candidato do PSD às regionais se essa for a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa depois de 24 de Março, altura em que pode dissolver à assembleia regional. E diz que tem os direitos imaculados, mas há três semanas que a sua cara saiu dos cartazes dos candidatos às eleições nacionais pelo círculo da Madeira e há três semanas que não tem agenda pública, nem foi visto nas ações de campanha. Na verdade, com ele, na conferência de imprensa em que anunciou que é candidato e que se sucede a si próprio tinha as pessoas que o acompanham desde que a investigação se tornou pública. A cúpula composta por Rui Abreu, João Cunha e Silva e Jaime Filipe Ramos.

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