No seu primeiro discurso depois de entronizado no congresso, Pedro Nuno quis traçar o guião para a campanha socialista: cortar com a defesa do legado de António Costa. Numa semana em que Costa esteve na ponta das críticas por ter tido um momento tenso com um professor, Pedro Nuno diz que o PS tem de aparecer com “humildade" e “empatia” porque “não está tudo bem”. Tudo numa visão “equilibrada”, ao centro, contra os partidos que aparecem com soluções populistas: “Não estamos nem numa ponta nem na outra, temos uma visão equilibrada”, disse, abordando os temas da saúde, habitação, economia e protestos das força de segurança.
Mas o novo líder é também ele e as suas circunstâncias e essas ditam-lhe que tem de fazer um equilíbrio entre defender o legado do passado e marcar o seu caminho, mas Pedro Nuno já só quer que o partido saia da posição “defensiva” do legado e que ouça e apresente soluções para futuro. “Fizemos um trabalho extraordinário ao longo dos últimos 8 anos, mas não está tudo bem. Temos de ter essa consciência, de que há portugueses que estão descontentes e zangados, que estão a marcar passo, que têm uma vida que não ata nem desata e não sai da cêpa torta”, começou por dizer.
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