
Os 50 anos do 25 de Abril serão celebrados com a maior bancada de sempre da extrema-direita. E qualquer desfecho da Operação Influencer será um risco. As certezas são poucas e os perigos muitos
Os 50 anos do 25 de Abril serão celebrados com a maior bancada de sempre da extrema-direita. E qualquer desfecho da Operação Influencer será um risco. As certezas são poucas e os perigos muitos
Jornalista
Vamos entrar num ano de alto risco. A diferença de 2024 para anos menos arriscados é que alguns dos prováveis perigos vão mesmo materializar-se, aos quais acrescem todos os incidentes inevitáveis da política portuguesa impossíveis de imaginar. E se este ano acabou politicamente como acabou — com a surpreendente demissão do primeiro-ministro e a dissolução do Parlamento por causa de um caso judicial de desfecho incerto —, o ano que entra já projeta todo um filme de instabilidade ou mesmo de fracasso institucional.
Assim, a antevisão de um ano politicamente agitado — e marcado por realidades transitórias — só é possível pela constatação de que raros aspetos podem ser dados como certos. A esta distância, o resultado das eleições é imprevisível, seja o das regionais dos Açores de fevereiro, que podem contaminar o debate nacional, seja o das legislativas de março, cujo quadro provável de “berbicacho” vai contaminar tudo o que vier a seguir, seja o das europeias de junho, que serão influenciadas pelas anteriores. Todos os líderes e todos os partidos procuram, neste momento, os melhores caminhos dentro do seu labirinto.
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