Os entrevistadores que foram, porta a porta, fazer esta sondagem no final de novembro levaram desta vez não um, mas dois boletins de voto: um tinha associado ao PS o nome de Pedro Nuno Santos, o outro tinha junto ao mesmo símbolo socialista o nome de José Luís Carneiro. As respostas recolhidas foram, porém, iguais em 91% dos inquiridos, pelo que o resultado final tem diferenças insignificantes (e totalmente dentro da margem de erro). Em síntese, seja qual for o escolhido pelos militantes daqui a uma semana, nas eleições diretas, nada nesta sondagem indica que seja alterada a intenção de voto no PS. Não, pelo menos, por este fator.
Os resultados brutos apurados pelo ICS-ISCTE indicam 22% para o PS, 4 pontos a mais do que recolhe o PSD. E, mesmo após a distribuição de indecisos, a vantagem socialista a três meses das legislativas varia de 3 a 5 pontos percentuais. Tendo em conta que o PSD tem o seu candidato a líder escolhido, o ponto de partida não parece ser mau para os socialistas. É inegável que o desgaste da maioria teve peso: face à sondagem pré-legislativas de 2022, o PS está com menos 6 pontos nas intenções de voto (menos 8% após distribuição de indecisos). Mas a crise política e a demissão de António Costa parecem não ter tido, por agora, impacto especial: em setembro deste ano, antes da Operação Influencer, o PS tinha exatamente a mesma intenção de voto do que agora.
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