Passava pouco das cinco da tarde quando o presidente da mesa do congresso, Miguel Albuquerque, faz um comentário entre intervenções. Pedro Nuno Santos tinha falado lá longe, em Viana do Castelo. “Disse que o discurso do nosso líder era extremado. Deve ser para rir”, disse Albuquerque. O interregno entre trabalhos dos sociais-democratas não o foi, no entanto, no conteúdo dos congressistas. Aí, foi um contínuo de tiro ao candidato a líder do PS, o candidato escolhido para a estratégia de Montenegro: encostando-o à esquerda, para colocar o PSD mais ao centro, longe do Chega. António Costa é passado para o PSD. Já José Luís Carneiro, quase ignorado, foi um dos “socialistas moderados” que entrou nas contas eleitorais do PSD de apelo ao voto útil à direita e de piscar de olho a quem, do espaço socialista, não se reveja em Pedro Nuno.
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