Foi assessor económico de José Sócrates, entre 2005 e 2011, e mais tarde de António Costa, mas, nessas funções, Vítor Escária não tinha a obrigação de declarar o seu rendimento e património junto do Tribunal Constitucional (TC). Só quando assumiu o cargo de chefe de gabinete do primeiro-ministro, em 2020, é que passou a cumprir essa obrigação. Até aí consultor de várias empresas, passou a acumular as novas funções (oficialmente) apenas com a atividade de docência universitária no ISEG, onde leciona há quase duas décadas.
Afinal, o que dizem as declarações únicas de rendimentos, património, interesses, incompatibilidades e impedimentos de Escária? O ex-chefe de gabinete de Costa – que guardava €75,8 mil em envelopes numa estante e numa caixa de vinho que não foram declarados ao Fisco – , já tinha dois empréstimos com a Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas contraiu recentemente um terceiro, no valor de € 24.985,21, o que o levou a alterar a sua declaração de rendimentos e património junto do TC, no passado dia 6 de outubro. Uma alteração à declaração que tinha dado entrada no Palácio Ratton a 21 de julho de 2022, após Escária regressar às funções de chefe de gabinete do PM, na sequência das eleições de janeiro desse ano, que deram maioria . A essa dívida somam-se mais dois empréstimos ao banco estatal, nos montantes de €67.570,82 e €20.773,57.
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