A decisão foi tomada por larga maioria dos conselheiros nacionais da IL. A prioridade do partido passa agora por encontrar “soluções novas e disruptivas" ao nível da Saúde, Habitação, política fiscal e “retirar o PS do Governo”
Jornalista
A Convenção Estatutária da Iniciativa Liberal (IL), prevista para o primeiro fim de semana de dezembro, fica adiada para data a definir. Face à mudança súbita da situação política, o partido garante estar “totalmente focado” nas legislativas. A decisão foi tomada por larga maioria dos conselheiros (54 votos a favor, quatro abstenções e quatro votos contra), este domingo, na reunião do CN, adiando, assim, a 8.ª reunião magna do partido prevista para 1, 2 e 3 de dezembro no Europarque, em Santa Maria da Feira.
“A IL decidiu corajosamente adiar a Convenção para data a agendar oportunamente. Coragem na decisão, pois é preciso coragem políca para a IL estar focada naquilo que é essencial", afirmou o vice-presidente do CN da IL, Pedro Ferreira, que está a dirigir os trabalhos, num hotel em Lisboa, apontando para a mudança da situação política e a necessidade de preparar desde já a campanha para as legislativas.
De acordo com o liberal, a prioridade do partido passa agora por “retirar o PS do Governo" e “encontrar soluções novas, frescas, inovadoras e disruptivas ao nível da Saúde, habitação, política fiscal”, com vista a dar uma “nova nova esperança” aos portugueses.
A IL “está preparada e começará a campanha eleitoral já amanhã, com todos os seus recursos focados no crescimento da representação parlamentar liberal e na retirada do Partido Socialista do governo”, reforçou.
A data da reunião magna dos liberais será definida na próxima reunião do CN a agendar até ao final do ano: “Todo o processo que já se encontrava concluído em nada será prejudicado e todos os prazos que ainda estavam a decorrer serão, entretanto, revistos de acordo com a nova data da Convenção Nacional", garantiu.
Tal como o Expresso avançou, essa era uma forte possibilidade antecipada por vários conselheiros face à mudança da situação política com a demissão esta semana do primeiro-ministro. A prioridade, defendem, passa agora pela IL focar-se no “combate externo” em vez do “combate interno”. A Convenção seria muito para “falar para dentro” e agora é preciso a IL “falar para os portugueses”, defendeu agora o vice-presidente do CN da IL.
Fica, assim, adiado o processo de revisão estatutária, que divide o partido, e o debate sobre o programa político da IL, que constavam da ordem de trabalhos da 8.º reunião magna dos liberais. Por isso, será também alargado o prazo para os liberais apresentarem aditamentos ou propostas de alteração às duas propostas de revisão de Estatutos em cima da mesa – a que foi apresentada pelo grupo de trabalho e a entregre por um grupo de críticos internos.
A segunda proposta é a iniciativa Estatutos + Liberais, apresentada por Miguel Ferreira da Silva, primeiro presidente da IL e deputado municipal em Lisboa; Tiago Mayan, presidente da junta de freguesia de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde e ex-candidato a Belém, José Cardoso, ex-candidato a líder e ex-conselheiro nacional e Hugo Condesa, ex-candidato a coordenador do Núcleo Territorial do Porto.
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