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Crise política

IL: Meta de 15% ameaçada com eleições antecipadas

Rui Rocha
Rui Rocha
RODRIGO ANTUNES/Reuters

Liberais não se comprometem para já quanto a metas. Abertura para o PSD mantém-se após eleições

IL: Meta de 15% ameaçada com eleições antecipadas

Liliana Coelho

Jornalista

Quando Rui Rocha e Luís Montenegro almoçaram juntos, no início de maio, num restaurante em Lisboa, já tinham uma eventual crise política na agenda. O encontro — que já estava combinado — acabou por acontecer depois de o primeiro-ministro recusar a demissão de João Galamba, contra a vontade do Presidente da República. Os líderes do PSD e da Iniciativa Liberal (IL) queriam, assim, dar um sinal a Marcelo de que estavam disponíveis para construir uma alternativa à direita. Seis meses depois, a queda do Governo veio acelerar o calendário político e os dois partidos mantêm o compromisso: há abertura para entendimentos, mas só pós-eleitorais e sem o Chega na equação. “A palavra mantém-se, o canal aberto com o PSD também”, garante ao Expresso fonte do núcleo duro de Rui Rocha.

Aos liberais agradou a maior clareza do PSD quanto a linhas vermelhas nas eleições regio­nais da Madeira, apesar da desilusão com o acordo alcançado com o PAN. “O cenário nacio­nal é outro e continuamos a acreditar que somos o parceiro preferencial”, frisa a mesma fonte, que pede, contudo, mais “ambição” e “coragem” aos sociais-democratas para as reformas necessárias ao país. Do lado da IL, Rocha foi sempre inequívoco em manter a estratégia do partido de concorrer sozinho às eleições, com listas próprias e programas autónomos. Disponibilidade só para acordos pós-eleitorais: “A IL não fará política em reação aos outros partidos, tem as suas próprias ideias.”

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