O empate no Conselho de Estado, com oito conselheiros a não se pronunciarem a favor da dissolução da Assembleia (contra oito a favor), deu força à narrativa que António Costa, o Governo e o PS vinham ensaiando sobre de quem seria a culpa pelo pântano que aí possa vir. “Foi uma escolha do próprio”, disse António Costa à chegada à sede do PS para a reunião da comissão política do partido, confirmando que tinha o nome de Mário Centeno pronto para assegurar a transição dentro do quadro da maioria absoluta, e passando a responsabilidade pela convocação de eleições para as mãos de Marcelo.
Depois da comunicação do Presidente da República, o primeiro-ministro foi a pé, acompanhado pela mulher, da residência oficial do primeiro-ministro até ao Largo do Rato. E, à chegada, falou aos jornalistas, para tornar claro que, no seu entendimento, havia condições para não dissolver o Parlamento. Disse que o PS “continua como referencial de estabilidade” e que tinha uma solução alternativa com Mário Centeno à frente do governo. “Mário Centeno tinha todas as qualidades para o poder fazer”, afirmou, acrescentando que “o país não merecia ser de novo chamado a eleições”.
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