A empreitada do novo parque verde de Carnide começou em 2016, no âmbito do projeto do anterior executivo municipal, sob presidência do PS, para a construção de uma feira popular.
O novo Parque Verde de Carnide, em Lisboa, abre ao público este sábado, com 17,5 hectares de áreas de lazer, biodiversidade e atividades gratuitas. O espaço ocupa o terreno onde durante anos esteve prevista a construção da nova Feira Popular de Lisboa, projeto que acabou abandonado.
A abertura está marcada para este sábado, entre as 9h00 e as 19h00, com acesso gratuito. O programa inclui música, dança, teatro, jogos didáticos, oficinas de biodiversidade e compostagem, além de uma “cãominhada”.
Está ainda previsto um eco mercado, com produtores biológicos e artesanais, e um espaço interativo da Proteção Civil dedicado à segurança e emergência. “Venha conhecer o novo parque verde da cidade”, convida a Câmara de Lisboa, em comunicado.
De acordo com a autarquia, o Parque Verde de Carnide foi concebido como um espaço multifuncional e intergeracional, pensado para atividades culturais, desportivas e de lazer.
“É um projeto que devolve a natureza à cidade, valoriza a biodiversidade, melhora a qualidade ambiental e aumenta a resiliência climática de Lisboa”, sublinha o município.
Para a Junta de Freguesia de Carnide, o novo espaço representa um investimento estratégico para a qualidade de vida dos residentes e um “ponto de encontro para a comunidade”.
A história do parque remonta a 2015, quando o então presidente da Câmara, Fernando Medina (PS), apresentou o projeto de uma nova Feira Popular naquele terreno. As obras arrancaram em 2016, com demolições e a promessa de um parque urbano de 20 hectares e um investimento de 4,4 milhões de euros.
Mas a empreitada sofreu atrasos sucessivos e nunca foi concluída dentro dos prazos anunciados. Em 2022, o presidente da Junta de Carnide, Fábio Sousa (PCP), alertava para o estado de abandono da área.
Com a chegada de Carlos Moedas (PSD) à presidência da Câmara de Lisboa, em 2021, a ideia da Feira Popular foi definitivamente afastada. O autarca defendeu a prioridade de criar “um parque verde com equipamentos para as pessoas”.
A obra foi retomada em 2024 e concluída apenas no segundo semestre de 2025, após dois anos de paragem e um acréscimo de custos de 885 mil euros.
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