No tiro de partida para as autárquicas de 12 de outubro, o PS reúne-se em Coimbra para um evento que lança a campanha eleitoral. À chegada ao Convento de São Francisco, o secretário-geral José Luís Carneiro fixou a meta no topo: ser o partido com mais câmaras, mais freguesias e mais Assembleias Municipais. "Queremos ser o primeiro partido com mais votos no país", disse, apesar de, atualmente o PS ser o terceiro partido em termos nacionais, tendo ficado pela primeira vez atrás do Chega nas legislativas de maio.
A esse propósito, questionado sobre a mais recente sondagem da Aximage sobre intenções de voto em legislativas, que põe o Chega pela primeira vez à frente do PSD e o PS em terceiro lugar, José Luís Carneiro respondeu com uma pergunta: "Não há legislativas à vista, não acham estranho que essa sondagem tenha aparecido nesta altura?", atirou, afirmando que, nas sondagens que o PS tem, o Chega "aparece sempre em terceiro lugar".
A sondagem da Aximage, publicada na quinta-feira à noite, foi usada por André Ventura para dar força à ideia de que o seu partido está a caminho de ser poder.
No entender do líder do PS, há um interesse muito claro por trás daquele barómetro: "É uma tentativa para que um candidato putativo desista das presidenciais para que os votos da direita se possam concentrar noutro candidato", sugeriu, sem referir nunca o nome do candidato e ex-líder do PSD Luís Marques Mendes.
Em relação às eleições de 12 de outubro, Carneiro reforçou que tem a "convicção realista" de que o PS vai continuar a ser o partido mais votado e com maior número de autarquias. "Não queremos o número pelo número, queremos as autarquias para servir as populações", disse, afirmando que "o poder local é o coração da democracia e o PS é o partido do poder local".
"As autarquias são fundamentais para concretizarmos a nossa visão do país, na habitação, na saúde, nos transportes, na mobilidade, na educação para a cidadania e na autoconfiança das comunidades na democracia", disse o atual secretário-geral do PS que já foi autarca em Baião, defendendo que é freguesia a freguesia, autarquia a autarquia, que o PS voltará a conquistar a confiança dos cidadãos para voltar às vitórias em termos nacionais.
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