Programa do Governo: Montenegro passa ao lado dos alertas de crise económica e financeira

Primeiro-ministro não vai dar relevo aos avisos de várias instituições, apesar da degradação dos números mundiais e nacionais
Primeiro-ministro não vai dar relevo aos avisos de várias instituições, apesar da degradação dos números mundiais e nacionais
Coordenadora de Política
O contexto é diferente. As reivindicações das ruas também. Há um ano, com um excedente de cerca de €3 mil milhões, Luís Montenegro prometia que não ia ficar pelo “mais fácil” e iria conseguir dar resposta às reivindicações de aumentos salariais para vários sectores da função pública e, ao mesmo tempo, dar seguimento ao mantra das contas certas ou, na expressão usada pelo primeiro-ministro, ao “rigor orçamental”. De lá para cá, os temas na praça pública alteraram-se e a estabilidade orçamental perdeu espaço para a imigração, segurança e agora para a reforma do Estado. Será a mesma senda que Montenegro irá seguir esta semana, quando, terça e quarta-feira, se debater, o programa do Governo na Assembleia da República, já com a moção de rejeição apresentada pelo PCP com chumbo garantido.
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