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Política

Deportações entram na campanha mas Governo terá dificuldade em cumpri-las

Manifestação de imigrantes junto à AIMA, em Lisboa
Manifestação de imigrantes junto à AIMA, em Lisboa
Antonio Pedro Ferreira

Ministro da Presidência afirma que as 4574 notificações para deportação são as primeiras de um total das 18 mil previstas. Associações de apoio aos imigrantes prometem luta e realçam que estes podem recorrer a tribunais

O anúncio do Governo português de que a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) começará a notificar, na próxima semana, cerca de 4574 imigrantes em situação irregular, concedendo-lhes 20 dias para saída voluntária do país, promete aquecer a campanha para as eleições legislativas, que arranca hoje oficialmente.

Segundo o jornal “Público”, associações de imigrantes e partidos da oposição interpretam a medida como uma estratégia política, alegando que não é nova e que pode representar uma concessão à extrema-direita, dada a proximidade das eleições legislativas. Em resposta àquele jornal, o Ministério da Presidência esclarece que “as notificações serão enviadas para os contactos fornecidos pelos próprios imigrantes”, baseando-se em dados recolhidos durante o atendimento pessoal. Mas persistem dúvidas sobre a execução da medida e sobre a capacidade do Estado para resolver pendências documentais de estrangeiros.

Na resposta ao jornal, o Ministério da Presidência acrescenta que "logo que seja detetado que não cumpriram o prazo de abandono é iniciado o processo de afastamento coercivo que pode resultar num afastamento do cidadão sob escolta policial. Aquando da detenção, são presentes a juiz que pode determinar a sua instalação (detenção) em centro de instalação temporária (CIT) até à execução do retorno”.

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